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segunda-feira, 9 de julho de 2012

A culpa é de quem?

Não existe nada mais alentador na vida do que você, após se culpar de algo ter dado errado, muito errado, e mesmo você podendo escolher em insistir no erro, que é um erro viciante, conseguir ter forças para fazer o que é correto.
Num primeiro momento é dureza. As suas energias se esgotam, você não tem vontade de fazer nada. Já em um segundo momento percebe que apesar de tudo, de ter o coração chorando, literalmente dilacerado, que ainda fez o correto... Tudo indica que aquele caminho levaria a mais dor.
Num terceiro momento você tem pensamentos vacilantes, opõe ao sentimento as lembranças mais pertubadoras e decide continuar forte. E aí parece que o universo realmente conspira para algo bom. Você começa a descobrir, sem fazer esforço algum, que aquele caminho seria o pior de todos. Encontra pessoas que como anjos, te alertam para os perigos da escolha errada - de vincular sua vida iluminada na vida de nuvens, confusão e desequilíbrio... Pra melhorar, esses anjos se multiplicam, surgem com recados importantes, te protegem e você percebe que não teve culpa, que você, só foi você, inteira e honesta, que tentou, e que o o outro é que é maluquinho e já estava te desequilibrando...
Pra fechar com chave de ouro, apesar do coração partido (como você queria que fosse o caminho certo, como o coração pode ter enganado tanto você?), você sonha a noite toda... E no seu sonho, sonha com a vida do outro, e vê que ele só dá valor a três coisas: seu trabalho, sua estabilidade (casa, crescimento) e sua arte (seu lado lúdico, intuitivo). Que ele sabe que a mulher que estará ao seu lado deverá ser rica e culta, mas que toda mulher é uma cobra (no fundo ele desconfia de todas, principalmente se não for uma mulher com poses). Que a mulher que o atrai é pura, e que ele aproveita para colocar seu lado ator, malandro, ele se acha uma raposa quando encontra essa mulher inocente. Que casamento, união, relacionamento, amor... Tudo que é ligado a sentimento e vínculos, isso na cabea dele é muito confuso... E às vezes é tão confuso que ele precisa fugir de tudo - e faz isso sempre, mas deixa seu rastro, sai podando aqueles amores que projeta, mas que por algum detalhe os mata em seguida.
Nesse sonho, ficou claro que o caminho de insistir no amor seria a maior burrice de todos os tempos. Que a decepção com um - não pode virar decepção geral com o mundo (o mundo não era tão feio antes dele), que cada um dá o que tem e recebe da vida aquilo que merece...
Como alguém pode falar a língua do amor se o outro vê o amor com desconfiança?  No final o recado foi o mesmo: os anjos disseram para não acreditar no "menino maluquinho"... - "Ele é desequilibrado e você não".
JM.: 

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