A não ser que você seja um ditador, ou alguém que influencia a vida de muitas pessoas e decide seus destinos, aí, nesses casos, pode até ser que muitos se voltem contra você, caso contrário, na vida a gente sempre vai ter aqueles que agradamos e aqueles que não nos topam, diz o popular: "o santo não bateu" na tentativa de explicar quando duas almas se repelem mutuamente.
Haveria alguma explicação mais profunda a respeito desses encontros desajustados? Creio que muitas devem ser as linhas de pensamento, da psicologia a filosofia, que tentam desvendar os segredos da afinidade instantânea versus a falta de afinidade gratuita.
A questão é que algumas pessoas levam isso muito a sério... Essa vivência que compartilho sem pretensão alguma de servir de conselho à ninguém, serve para mim como reflexão a respeito da minha própria vida, escolhas, condutas, análises subjetivas que dialogam com questões visíveis e invisíveis, do sistema mental ao sensível, e se compartilho, faço por entender que somos um quebra-cabeças, onde cada peça vem de um lugar diferente, e se todos contribuem, formamos uma imagem completa.
Os seres que se acham os mais importantes do planeta (para os outros) ficam transtornados com a falta de correspondência de alguém, quando não lhes dão a atenção que eles crêem merecer e transformam suas vidas em algo não fecundo, colocando o foco em pseudos problemas, (problema é não ter um braço, uma perna ou o que comer...). Como dizia o poeta Cazuza, ficam remoendo pequenos problemas, fazendo looping de assuntos cuja a visão de A é diferente da de B, e por isso não se conformam... No fim, quando inseguros, ainda acabam partindo para um festival de leituras tendenciosas e análises distorcidas: assim seguem alimentando novas obsessões e neuroses, até que não conseguem mais sair da zona bélica que criaram, entram na defensiva de competir e "vencer" a batalha (sem lógica) imaginada em suas mentes.
No fundo, eu "chuto" intuitivamente que esse perfil é o de um tipo muito carente de amor, amigos, pessoas, que tal arriscar VIDA?!... São como peixes fora d`água, tentam nadar em diferentes mares, e em nenhum se sentem totalmente em casa, e isso os deixa irritadiços, esquivos e críticos ao extremo. Lembrei de um geminiano que convivi durante anos na minha infância, a impressão que tínhamos era que ele nunca conseguia ficar à vontade, sempre estava acima de todos, era o mais inteligente, o mais culto, o menos valorizado... E seguia a vida se sentindo injustiçado, criticava até sua própria sombra e jamais olhava para dentro com honestidade - apesar de cobrar de outros que fossem auto-críticos. Esse ser até realizou algumas contribuições para o universo da pesquisa, realmente ele era muito inteligente, mas no fim da vida continuava vazio, doente e sozinho, na compania de seu eterno estado mental baseado no ego.
Eu escrevo essas linhas e fico pensando nas vezes que atraí esse perfil na minha vida, deve ser karma, em épocas diferentes, atuei de forma diferente também. Devo ter que aprender algo sobre o relacionamento com quem não consigo criar laços verdadeiros de afeto, mas que tentam se aproximar (se impondo), em diversas circunstâncias.
Fugir deles? Já fiz, não dá certo.
Doar-se, tentar ajudar, servir de ouvido, se importar? Já fiz, eles não valorizam, logo se esquecem.
Ignorar talvez? Eles farão tudo para chamar a atenção, desde tentar causar intrigas ao querer se "vingar", são incansáveis.
Então a solução eu ainda não sei, já que perfis assim são um tipo tão egocêntrico que creio que jamais irão assumir qualquer responsabilidade pela situação que criam, pelo contrário, a leitura de si mesmos - é a que dizem ter de você, talvez seja sem querer, algo sobre o que vemos no outro é reflexo do que precisamos trabalhar em nós mesmos... Não sei de onde vêm isso, mas faz sentido para mim.
O mundo não está contra você
Se consideram perseguidos, vítimas, roubados, importunados e agredidos moralmente.... E assim continuam suas estratégias bélicas, se armam com arcos, flechas, palavras, raivas, ódios e proliferam ao mundo só coisa ruim - sem preceber que assim afastam ainda mais o mundo de si mesmos.
Alguns tentam tratamento com terapia, mas são tão envolventes e manipuladores, que se o terapeuta não for muito bom, alimentará o que deveria ser podado. Seria leviano julgar, mas sei por experiência própria que esse tipo de ajuda só é bom se acertamos, se damos muita sorte com um bom profissional. Usar um bom floral e homeopatia para equilibrar nosso sistema sutil pode funcionar, as pessoas muito mentais tendem a ficar muito "lado esquerdo", como dizem os orientais, precisamos ter o lado esquerdo e direito harmônicos, podemos equilibrar os lados através de meditação, alimentação, tipos de atividades e pela Yoga.
Sem querer parecer piegas
Eu queria que fosse fácil ter a grandeza de superar todo o receio em ter pessoas assim por perto, apesar que para mim vejo também como uma oportunidade de evoluir conscientemente, sinto que tais guerras geralmente são causadas por conta de tentativas de aproximação pela admiração (ou interesse) com resposta na nossa rejeição, essa negação pode acabar alimentado o orgulho e evidenciado assim as outras deficiências psicológicas.
Como em uma briga, ninguém tem razão, acho que tentar entender onde poderíamos ter atuado diferente é que é importante, assim nos livramos de situações parecidas no futuro, afinal não devemos plantar inimizades e sim buscar entender como nos proteger de seres que precisam se equilibrar, pois todos somos frágeis, todos somos uma escultura que precisa ser trabalhada, portanto, suscetível aos erros e maus julgamentos. Esperar do outro uma conduta perfeita só em conto de fadas, estamos na maiorida das vezes inconscientes, cegos, movidos por sentimentalismos e pelo amor- próprio.
"Não existe arte maior nem mais benéfica para a alma humana do que a de cinzelar a própria escultura" - já dizia o Maestro.
-Janara Morenna.:
(último post do ano, em 2012 pretendo escrever mais sobre Logosofia, Complexidade e filosofia oriental)
Haveria alguma explicação mais profunda a respeito desses encontros desajustados? Creio que muitas devem ser as linhas de pensamento, da psicologia a filosofia, que tentam desvendar os segredos da afinidade instantânea versus a falta de afinidade gratuita.
A questão é que algumas pessoas levam isso muito a sério... Essa vivência que compartilho sem pretensão alguma de servir de conselho à ninguém, serve para mim como reflexão a respeito da minha própria vida, escolhas, condutas, análises subjetivas que dialogam com questões visíveis e invisíveis, do sistema mental ao sensível, e se compartilho, faço por entender que somos um quebra-cabeças, onde cada peça vem de um lugar diferente, e se todos contribuem, formamos uma imagem completa.
Os seres que se acham os mais importantes do planeta (para os outros) ficam transtornados com a falta de correspondência de alguém, quando não lhes dão a atenção que eles crêem merecer e transformam suas vidas em algo não fecundo, colocando o foco em pseudos problemas, (problema é não ter um braço, uma perna ou o que comer...). Como dizia o poeta Cazuza, ficam remoendo pequenos problemas, fazendo looping de assuntos cuja a visão de A é diferente da de B, e por isso não se conformam... No fim, quando inseguros, ainda acabam partindo para um festival de leituras tendenciosas e análises distorcidas: assim seguem alimentando novas obsessões e neuroses, até que não conseguem mais sair da zona bélica que criaram, entram na defensiva de competir e "vencer" a batalha (sem lógica) imaginada em suas mentes.
No fundo, eu "chuto" intuitivamente que esse perfil é o de um tipo muito carente de amor, amigos, pessoas, que tal arriscar VIDA?!... São como peixes fora d`água, tentam nadar em diferentes mares, e em nenhum se sentem totalmente em casa, e isso os deixa irritadiços, esquivos e críticos ao extremo. Lembrei de um geminiano que convivi durante anos na minha infância, a impressão que tínhamos era que ele nunca conseguia ficar à vontade, sempre estava acima de todos, era o mais inteligente, o mais culto, o menos valorizado... E seguia a vida se sentindo injustiçado, criticava até sua própria sombra e jamais olhava para dentro com honestidade - apesar de cobrar de outros que fossem auto-críticos. Esse ser até realizou algumas contribuições para o universo da pesquisa, realmente ele era muito inteligente, mas no fim da vida continuava vazio, doente e sozinho, na compania de seu eterno estado mental baseado no ego.
Eu escrevo essas linhas e fico pensando nas vezes que atraí esse perfil na minha vida, deve ser karma, em épocas diferentes, atuei de forma diferente também. Devo ter que aprender algo sobre o relacionamento com quem não consigo criar laços verdadeiros de afeto, mas que tentam se aproximar (se impondo), em diversas circunstâncias.
Fugir deles? Já fiz, não dá certo.
Doar-se, tentar ajudar, servir de ouvido, se importar? Já fiz, eles não valorizam, logo se esquecem.
Ignorar talvez? Eles farão tudo para chamar a atenção, desde tentar causar intrigas ao querer se "vingar", são incansáveis.
Então a solução eu ainda não sei, já que perfis assim são um tipo tão egocêntrico que creio que jamais irão assumir qualquer responsabilidade pela situação que criam, pelo contrário, a leitura de si mesmos - é a que dizem ter de você, talvez seja sem querer, algo sobre o que vemos no outro é reflexo do que precisamos trabalhar em nós mesmos... Não sei de onde vêm isso, mas faz sentido para mim.
O mundo não está contra você
Se consideram perseguidos, vítimas, roubados, importunados e agredidos moralmente.... E assim continuam suas estratégias bélicas, se armam com arcos, flechas, palavras, raivas, ódios e proliferam ao mundo só coisa ruim - sem preceber que assim afastam ainda mais o mundo de si mesmos.
Alguns tentam tratamento com terapia, mas são tão envolventes e manipuladores, que se o terapeuta não for muito bom, alimentará o que deveria ser podado. Seria leviano julgar, mas sei por experiência própria que esse tipo de ajuda só é bom se acertamos, se damos muita sorte com um bom profissional. Usar um bom floral e homeopatia para equilibrar nosso sistema sutil pode funcionar, as pessoas muito mentais tendem a ficar muito "lado esquerdo", como dizem os orientais, precisamos ter o lado esquerdo e direito harmônicos, podemos equilibrar os lados através de meditação, alimentação, tipos de atividades e pela Yoga.
Sem querer parecer piegas
Eu queria que fosse fácil ter a grandeza de superar todo o receio em ter pessoas assim por perto, apesar que para mim vejo também como uma oportunidade de evoluir conscientemente, sinto que tais guerras geralmente são causadas por conta de tentativas de aproximação pela admiração (ou interesse) com resposta na nossa rejeição, essa negação pode acabar alimentado o orgulho e evidenciado assim as outras deficiências psicológicas.
Como em uma briga, ninguém tem razão, acho que tentar entender onde poderíamos ter atuado diferente é que é importante, assim nos livramos de situações parecidas no futuro, afinal não devemos plantar inimizades e sim buscar entender como nos proteger de seres que precisam se equilibrar, pois todos somos frágeis, todos somos uma escultura que precisa ser trabalhada, portanto, suscetível aos erros e maus julgamentos. Esperar do outro uma conduta perfeita só em conto de fadas, estamos na maiorida das vezes inconscientes, cegos, movidos por sentimentalismos e pelo amor- próprio.
"Não existe arte maior nem mais benéfica para a alma humana do que a de cinzelar a própria escultura" - já dizia o Maestro.
-Janara Morenna.:
(último post do ano, em 2012 pretendo escrever mais sobre Logosofia, Complexidade e filosofia oriental)
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