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segunda-feira, 25 de junho de 2012

Homenagem ao morto



‎"R E LA C I O N A M E N T O S"

Sempre acho que namoro, casamento, romance tem começo, meio e fim. Como tudo na vida.
Detesto quando escuto aquela conversa:
- 'Ah,terminei o namoro...
- 'Nossa,quanto tempo?'
... - 'Cinco anos... Mas não deu certo...acabou'
- É não deu...?
Claro que deu! Deu certo durante cinco anos, só que acabou.
E o bom da vida é que você pode ter vários amores.
Não acredito em pessoas que se complementam. Acredito em pessoas que se somam.
Às vezes você não consegue nem dar cem por cento de você para você mesmo, como cobrar cem por cento do outro?
E não temos esta coisa completa.
Às vezes ele é fiel, mas não é bom de cama.
Às vezes ele é carinhoso, mas não é fiel.
Às vezes ele é atencioso, mas não é trabalhador.
Às vezes ela é malhada, mas não é sensível.
Tudo nós não temos.
Perceba qual o aspecto que é mais importante e invista nele.
Pele é um bicho traiçoeiro.
Quando você tem pele com alguém, pode ser o papai com mamãe mais básico; que é uma delícia.
E as vezes você tem aquele sexo acrobata, mas que não te impressiona...
Acho que o beijo é importante...e se o beijo bate... se joga... se não bate...mais um Martini, por favor... e vá dar uma volta.
Se ele ou ela não te quer mais, não force a barra.
O outro tem o direito de não te querer.
Não lute, não ligue, não dê pití.
Se a pessoa tá com dúvida, problema dela, cabe a você esperar ou não.
Existe gente que precisa da ausência para querer a presença.
O ser humano não é absoluto. Ele titubeia, tem dúvidas e medos mas se a pessoa REALMENTE gostar, ela volta.
Nada de drama.
Que graça tem alguém do seu lado sob chantagem, gravidez, dinheiro, recessão de família?
O legal é alguém que está com você por você.
E vice versa.
Não fique com alguém por dó também.
Ou por medo da solidão.
Nascemos sós. Morremos sós. Nosso pensamento é nosso, não é compartilhado.
E quando você acorda, a primeira impressão é sempre sua, seu olhar, seu pensamento.
Tem gente que pula de um romance para o outro.
Que medo é este de se ver só, na sua própria compania?
Gostar dói.
Você muitas vezes vai ter raiva, ciúmes, ódio, frustração. Faz parte.
Você namora um outro ser, um outro mundo e um outro universo
E nem sempre as coisas saem como você quer...
A pior coisa é gente que tem medo de se envolver.
Se alguém vier com este papo, corra, afinal, você não é terapeuta.
Se não quer se envolver, namore uma planta. É mais previsível.
Na vida e no amor, não temos garantias.
E nem todo sexo bom é para namorar
Nem toda pessoa que te convida para sair é para casar.
Nem todo beijo é para romancear.
Nem todo sexo bom é para descartar. Ou se apaixonar. Ou se culpar.
Enfim...quem disse que ser adulto é fácil?

(Arnaldo Jabour)

Pixinguinha é demais!

Carinhoso


Meu coração, não sei por quê
Bate feliz quando te vê
E os meus olhos ficam sorrindo
E pelas ruas vão te seguindo,
Mas mesmo assim foges de mim.
Ah se tu soubesses
Como sou tão carinhoso
E o muito, muito que te quero.
E como é sincero o meu amor,
Eu sei que tu não fugirias mais de mim.
Vem, vem, vem, vem,
Vem sentir o calor dos lábios meus
À procura dos teus.
Vem matar essa paixão
Que me devora o coração
E só assim então serei feliz,
Bem feliz.
Ah se tu soubesses como sou tão carinhoso
E o muito, muito que te quero
E como é sincero o meu amor
Eu sei que tu não fugirias mais de mim
Vem, vem, vem, vem
Vem sentir o calor dos lábios meus a procura dos teus
Vem matar essa paixão que me devora o coração
E só assim então serei feliz
Bem feliz



Essa letra é muito bonita e toca o interno dos românticos de plantão


Ingênuo

Pixinguinha

Eu fui ingênuo quando acreditei no amor
Mas, pelo menos jamais me entreguei à dor...
Chorei o meu choro primeiro
Eu chorei por inteiro pra não mais chorar
E o meu coração permaneceu sereno
Expulsando o veneno pelo meu olhar...
... eu procurei me manter como Deus mandou
Sem me vingar que a vingança não tem valor
E depois também perdoar a quem erra
É ser perdoado na Terra
Sem ter que pedir perdão no céu.
Eu não quis resolver
Eu não quis recusar
Mas do amor em ruína, uma força termina
Por nos dominar e depois proteger
Dos abismos que a vida traçar
Quando o tempo virar o único mal
E a solidão começa a ser fatal...
Eu não quis refletir, não
Eu não quis recuar, não
Eu não quis reprimir, não
Eu não quis recear...
Porque contra o bem nada fiz
E eu só quero algum dia
Ser feliz como eu sou infeliz...



Essa outra é uma das minhas prediletas do Pixinguinha. Maravilhosa!

Tu és, divina e graciosa
Estátua majestosa do amor
Por Deus esculturada
E formada com ardor
Da alma da mais linda flor
De mais ativo olor
Que na vida é preferida pelo beija-flor
Se Deus me fora tão clemente
Aqui nesse ambiente de luz
Formada numa tela deslumbrante e bela
Teu coração junto ao meu lanceado
Pregado e crucificado sobre a rósea cruz
Do arfante peito seu
Tu és a forma ideal
Estátua magistral oh alma perenal
Do meu primeiro amor, sublime amor
Tu és de Deus a soberana flor
Tu és de Deus a criação
Que em todo coração sepultas um amor
O riso, a fé, a dor
Em sândalos olentes cheios de sabor
Em vozes tão dolentes como um sonho em flor
És láctea estrela
És mãe da realeza
És tudo enfim que tem de belo
Em todo resplendor da santa natureza
Perdão, se ouso confessar-te
Eu hei de sempre amar-te
Oh flor meu peito não resiste
Oh meu Deus o quanto é triste
A incerteza de um amor
Que mais me faz penar em esperar
Em conduzir-te um dia
Ao pé do altar
Jurar, aos pés do onipotente
Em preces comoventes de dor
E receber a unção da tua gratidão
Depois de remir meus desejos
Em nuvens de beijos
Hei de envolver-te até meu padecer
De todo fenecer

sábado, 23 de junho de 2012

Final feliz

Ter coragem para tomar decisões difíceis, porém necessárias é libertador! Desapegar é difícil mas quando conseguimos sentimos uma força que nos deixa poderosos! Optar pelo desconhecido em detrimento do velho pode gerar medo, mas sair da inércia é uma vitória maior que insistir naquilo que nos corrói e destrói a beleza da nossa alma. Vamos enfeitar nossa alma e desejar uma vida boa para aqueles que não mereceram nossa confiança. Respeito não se exige, a gente se dá através de ações.

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Somos muito pretensiosos

Não quero fazer um texto barroco, cheio de frases de efeito e colocações que fadigam nossa faculdade da inteligência. Quero dizer de forma clara e coesa o que penso sobre a nossa enorme pretensão de achar que sabemos de algo, ou que algo que sabemos é absoluto, uma Verdade com "V" maiúsculo. Não é. Pra mim não é porque para começar eu não acho coerente que diante da infinitude do universo e da vida _ ou das vidas, que possamos impor para o outro alguma visão fechada sobre qualquer coisa ou valores que cultivamos. Vou exemplificar: Você quer comprovar algo na sua vida, não através da crença, mas da sua vivência pessoal. Daí surge uma oportunidade e você entende aquilo que queria entender... Passa a tomar aquela experiência como uma verdade para si mesmo - aquilo fica internalizado. Ás vezes é algo que coincide com outras ideias, pensamentos alheios que passaram pelo mesmo caminho. O problema todo é quando você vive uma experiência com o outro, e tal experiência é oposta ao que você havia antes internalizado como sua verdade, mas por conta dessas "verdades", você acaba por querer impor ao outro uma visão que não dá margem a outras maneiras de vêr (ouvir, sentir, traduzir).
Faço muito essa auto-crítica, de tentar confrontar minhas visões com o universo do outro, assim talvez surja em mim uma flexibilidade mental que se manifesta através da compreensão. Eis que surge outro problema, quando o outro não consegue lidar da mesma forma como você faz com questões as quais há divergência entre os dois. Nesse caso há uma disputa de quem tem mais razão e de quem deveria abrir mão, ou ser mais tolerante. O auto-orgulho se manifesta através da arrogância e fica mais evidente ainda quando a pessoa tem sua segurança pessoal mal trabalhada.
Essas cotizações de "quem dá mais" (quem vacilou mais, quem se doou mais, etc) se tornam cada vez mais acirradas, levando as pessoas à uma estafa mental e emocional, algo que consome energia e nos tira a luz. Não é bom pra ninguém, eis o maior motivo de todas as guerras, a falta de compreensão e a enorme pretensão em achar que podemos reduzir o mundo (de fora/ do outro) a somente nossa opinião.
Quando somos imaturos, achamos que sabemos tudo, quanto mais buscamos entender a vida e nos conhecer, com anelos de superação, mais notamos o quão vantajoso é cultivarmos o "só sei que nada sei", claro que nossas experiências pessoais e verdades nos ajudam a fazer escolhas, mas isso é para nós e não para impor ao outro, impor ao outro a sua forma de pensar e agir é além de desrepeituoso é invasivo!
Esse texto é para deixar uma simples mensagem: que tenhamos mais humildade para rever nossas atitudes e escolhas, que tenhamos coragem para assumir quando não agimos de forma correta com o outro, ou que se nós os magoamos, mesmo quando acreditamos ter "razão", que tenhamos algo acima dessa razão, que eu chamaria de altruísmo para conseguir enxergar o impacto das nossas ações no interno do outro. Por fim, que tenhamos muito claro a ideia de que ainda precisamos comer muito arroz e feijão e viver muitas etapas de vida para poder chegar a conclusão de que quanto mais sabemos, mais precisamos saber - e isso nós dá segurnaça e não uma falsa sensação de possuir algo no mundo das ideias- que só nos faz materializar (más)  ações que no final se voltam contra nós mesmos, nos defrauda, e é assim que agimos contra nós, quando estamos nesse estado de vida inconsciente e falamos com a voz do sistema instintivo e não da Razão.
Inteligência não é  quantidade de conhecimento que você acumula, e sim a forma que você dá aos conhecimentos que acumula, ou como você aplica tais conhecimentos a sua vida; através de palavras, ações e do exemplo.
JM.:

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Amor de borboleta

A moça da vila podia estar apaixonada. Ela não era boba, já tinha visto de tudo e sabia o que era o amor. Aos pouquinhos o sedutor herói foi brincando com as moças todas, mas um dia por ela se apaixonou. Era de fadas o conto, mas as bruxas estavam soltas.
Os dois foram se descobrindo - como em um canto sacro, alí havia um romantismo poético que transcendia qualquer tentativa de articular um raciocínio mais lógico. A embriaguez do amor os fazia imaginar todo tipo de realidade virtual... O príncipe e a princesa.
Como em qualquer conto de fadas, aquilo também estaria sujeito as más influências externas, forças negativas iam se acumulando ao redor e obscurecendo o sentimento que de puro no começo, passava a um tom acizentado... Medos, inseguranças, desconfianças, pequenas mentiras - temor das grandes...
Eles formavam um casal bem convincente, se pareciam até na fisionomia, tinham os mesmos valores, eram uma espécie muito diferente em um mundo moderno, eles gostavam do clássico e cultivavam o espírito.
Como então poderes externos puderam ser tão influentes a ponto de deixar uma áurea de desconfiança, onde tudo que é dito é mal entendido, tudo que é feito é visto de forma negativa, tudo é distorcido...
A moça da vila, em tom de desespero, se sentia insegura e angustiada - pois sabia que já o amava. Aquele herói havia feito ela passar por situações constrangedoras, outras até desrespeituosas... Mas o amor falava mais alto, ela sentia que devia insistir... Procurou refúgio na Paz, e no coração da capela pediu que Nossa Senhora da Paz lhe desse Paz! Do fundo do seu peito, com toda honestidade que havia dentro de si, a jovem pediu que se aquele amor fosse sinônimo de escuridão, que a santa a libertasse dele. Mas que se ao contrário, fosse o amor verdadeiro, que então fosse protegido.
No dia seguinte o herói foi abatido pelos zombadores... Colocaram-o louco, em cólera ele começara a delirar... Falava coisas sem sentido e em tom ácido ia aos pouquinhos golpeando o coração da moça, que se desmanchava e não queria acreditar - ela queria que fosse ele o homem a quem ela definitivamente entregaria seu coração cultivado, longos anos de religare, sozinha.
No fim, em muito pouco tempo a corda que os conectava já estava tão gasta que rompeu... E depois uma chuva de maus pensamentos fechou a noite, uma tempestade de anti- amor, e então o herói se mostrou um anti-herói, ficou louco e amargo, e a moça então percebeu que se libertara de algo que só poderia ser bom, se fosse verdadeiro, honesto, com respeito, com cumplicidade...
Mas a Paz ainda demoraria um pouco, talvez nunca mais fosse a mesma, aquela ilusão era bonita demais pra ter sido somente uma visão.

sexta-feira, 8 de junho de 2012

O poema do herói de Strauss



A natureza é a mesma, e nossa biologia é burra, deveria ser mais certeira, mais adaptada aos dias de hoje.

Essa obra do Strauss (Till Eulenspiegel) retrata um herói, simbolizado por dois temas colocados nos primeiros compassos da obra:

 1- onde brinca com as mulheres e arma um enorme confusão – a ação dos
pratos na orquestra indica esta cena . 2- Fugindo, o herói em seguida, traveste-se de
padre (melodia das violas e fagotes) para pregar um sermão bem moralista.  Encontra
por fim, uma bela moça e se apaixona inutilmente. Sua próxima aventura, vê-se Till
diante de sérios pedagogos (passagem dos 4 fagotes e um clarinete baixo) tendo com
eles uma conversa pretensamente profunda.
No fim ele é condenado à morte e é enforcado. Mas há uma sugestão de que associa a execução do herói a uma inesperada ressurreição.

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Não quero me perder por osmose no outro.

Joaninha é solteira. Faz o que lhe dá prazer, escolhe o que quer pro seu futuro e programa seu tempo para si mesma. Tem tempo pra qualquer coisa que ela queira e ama ter controle total de sua vida... Se sente livre, independente, dona do seu nariz, ideias, horas, humores, ações...
Joaninha vive essa liberdade até sentir-se tão cheia dela e de todas as infinitas oportunidades (de ser dona de si mesma) que começa a sentir falta do oposto... De ter algo ou alguém que lhe tire do conforto e da segurança de pertencer a si mesma.
O perigo rodeia Joaninha, que se sente ameaçada e atraída ao mesmo tempo... Seria ele uma armadilha para que todo o mundo de Joaninha acabe de uma vez só?
O Grilo não parava de cantar, ele tinha tantas habilidades e espertezas que a Joaninha começava a achar que aquele ser que ela ignorara anteriormente, poderia se tornar um par para os momentos em que Joaninha sentia vontade de compartilhar a vida... E eram muitos esses momentos; quando ela conquistava algo importante, quando cozinhava algo mágico, quando estava reflexiva, quando ia à livraria, quando caminhava na praia, quando estudava na biblioteca, quando saía para se divertir, ir ao cinema, pintar, desenhar, ouvir música clássica, uma ópera, um forró, um jazz, fazer compras e dormir em forma de polvo.
Joaninha começava a viver um dualismo, de um lado o prazer de ser dela mesma, de não se enganar com nenhum cantor de cantadas baratas, de não sofrer de amor e não se iludir e sentir dor. Por outro lado ela queria um dançarino para a valsa da vida, que acompanhe um passo pra lá e dois pra cá, que saiba conduzir os momentos certos com leveza ou com firmeza... Nisso o Grilo até se encaixou.
Viveram momentos mágico, lindos, fofos, maravilhosos e também tensos, de descobertas, de entendimento e cumplicidade... Eles se amaram antes da dança e se apaixonaram depois, e logo se amaram e se apaixonaram durante.
Tudo ia bem até que Dona Joana percebeu que se sentia estranha. Já não era ela mesma com seus pensamentos autônomos, suas vontades individuais e seu canto com sua dança... Ela estava toda misturada com o Grilo. Pensava como ela e ele, agia como ela e ele, sentia como ela e ele e não sabia mais quem ela era, o que queria e pra onde ia. Ah não! - Joaninha começava a ficar de asas em pé! Algo devia ser feito antes que ela perdesse suas bolinhas pretas e mudasse de cor - ela não gostava de verde!
Nesse momento uma velha amiga, a corujinha da janela se aproximou e disse:
 _ "Minha querida, você sendo tão sensível e estando tão envolvida com o grilo poeta deve tomar cuidado: precisa lembrar sempre que possui uma identidade única, és um ser especial, e não deves jamais se perder na força dessa energia Grilesca alheia.... Para tal vou lhe dar um conselho: quando sentires que estas mudando de cor - para um tom esverdeado, pare e reflita: procure lembrar da sua vida sem ele e de como fazia para se sentir feliz. Depois junte a imagem dele aos seus momentos felizes sozinha e procure fazer com que ele faça parte do seu mundo, e não só você do dele. Procure não deixar de fazer o que fazia antes, também se permita estar em compania só de si. Tenha tempo para amigas, para ouvir sua música, ir à livraria sozinha, e até viajar... Assim o grilo será sempre verde e você sempre chic, red com paetês pretos  e ambos nunca deixarão de se amar justamente por isso".

Joaninha percebeu o quão difícil, porém essencial era aquele ensinamento da Dona Coruja e a partir de então passou a cuidar para não se perder por osmose no outro. O Grilo ficou contente de ter uma companheira que além de formosa, talentosa, linda, cheirosa, prendada e inteligente (resumo da lista do livro de qualidades - risos)... Ainda era ela mesma - e não ele refletido.

Continuação feliz! (not the end, the end é muito limitado!)
JM.: todos os direitos reservados

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Etiqueta do amor

Uma espécie de guia de auto-ajuda sem a menor vergonha de se dizer como tal... 

Acumulamos experiências de vivências que ao longo da vida se transformam em diretrizes para que cheguemos a um tipo de conhecimento interno que ajuda nas escolhas, como por exemplo, passamos a detectar certos tipos de pessoas que não são de maneira alguma, compatíveis com nosso jeito.
Quando conseguimos não errar de novo, ganhamos tempo, e tempo é vida.

Com base em experiências pessoais, resolvi escrever um auto-guia para que eu me lembre de algumas formas de conceber um (bom) relacionamento. Uma espécie de guia de auto ajuda pessoal sem a menor vergonha de se dizer como tal...  Talvez possa servir também para quem se identificar, assim desejo que seja útil a reflexão, por isso compartilho.

1. Não se doe esperando algo em troca. Pessoas que vivem cotizando carinho, amor e atenção, são seres suscetíveis à frustração, estão sempre sentindo que dão demais e recebem de menos. Dê na medida em que for verdadeiro, não espere nada em troca, mas não sufoque o outro, caso perceba que seu momento é outro.

2. Seja razoável, se sentir que a relação está desequilibrada, se volte para o seu interno e reflita se não se trata de uma fase de carência, ou se a insegurança o faz agir de forma desproporcional. Seja mais racional para não se iludir no labirinto dos sentimentos e emoções, que nem sempre são em relação ao outro, e sim, uma necessidade de se sentir valorizado. Isso é falta de amor próprio.

3. Se ame em primeiro, segundo, terceiro... décimo lugar. Você é a pessoa mais interessante da terra para si mesmo. Se cuide, se valorize, se dê de presente coisas que o façam uma pessoa melhor e mais evoluída. Assim você não corre o risco de viver a vida do outro, que um dia pode se cansar de você (dele mesmo refletido na sua pessoa) e então só restará o outro em si mesmo; que triste. Possuímos uma individualidade própria porque somos unos, inteiros, íntegros... Não vale a pena se perder por osmose na individualidade alheia.

4. Se permita viver sem medos. O medo paralisa, atrai negatividades e plasma seus piores pesadelos. O medo nos faz ter a falsa ilusão de que o pior pode e vai acontecer. Anteponha ao medo a valentia e tenha coragem de fazer escolhas, mesmo correndo riscos. A vida fica muito mais emocionante e real e o tempo não passa em vão.

5. Tenha dignidade sempre. Não faça aquilo que não acredita só para agradar o outro. Saiba se colocar quando preciso for, saiba se retirar caso precise, para não se retirar tarde demais e de cabeça baixa.

6. Não aceite críticas destrutivas

7. Não permita que o mal humor alheio te deixe pra baixo, fuja, dê  um tempo, ajude no que for preciso mas não se identifique com o " inferno astral" ou "karma" dele.

8. Tente não levar ao outro assuntos que conduzam à uma órbita de polêmicas, irritabilidade, etc. A não ser que vocês queiram discutir filosoficamente assuntos como religião, política e futebol.

9. Não seja sentimentalista. É diferente de ser sensível. A mulher sensível é aquela que tem dentro de si um pêndulo da justiça e um radar da Verdade. Ela sente a energia ao redor, sente o estado do seu companheiro, sente a si mesma e com base nessas intuições e sensibilidades; ela conduz da melhor forma o convívio diário. É diferente da mulherzinha que vive chorando para chantagear e conseguir o que sua vaidade quer. Insuportável gente assim.

10. Se conheça o suficiente bem para saber que no dia em que está de tpm, seus hormônios à flor da pele ou se sentindo gorda, feia ou infeliz... Esse não é o melhor momento para discutir a relação. Estamos sujeitos à interferências mundanas de toda índole, absorvermos energias, podemos estar mais abertos para conceber pensamentos negativos e se não ficamos atentos, corremos o risco de tornar uma chuva em uma tempestade.

11. Entenda que o mecanismo mental e os sistemas sensíveis do homem e da mulher possuem diferenças. Por isso, não espere do outro que ele veja, sinta e reaja da mesma forma que você. Entenda   as diferenças e as use a seu favor, deixando o outro à vontade.

12. Nunca ache que possui  liberdade demais a ponto de falar qualquer coisa (íntima e pessoal) ou de fazer qualquer coisa (íntima) na frente do outro. Isso tira o encanto e pode ser muito deselegante.

13. Saiba o que você quer dêsde o início e tenha seus valores e escolhas sempre em paralelo ao que vive com o outro. Assim você pode escolher melhor se ele/ela é realmente quem você deseja compartilhar a vida e dar um passo à frente.

14. Não tente ser aquilo que você não é. Seja natural, se o outro não gostar, é porque não era pra ser.

Direitos reservados - JM.:

Continuo quando vier mais inspiração e outras vivências!!! hasta luego!

Rio, 05 de junho

Essa etiqueta do amor só serve mesmo quando o que está aqui também é interiorizado... Coisa rara quando se está apaixonado, a paixão é uma sensação que se relaciona com a cegueira, a surdez e a insensatez... Mas é ótimo se sentir apaixonado. Meu próximo post será sobre a importância de mantermos a nossa individualidade em qualquer relacionamento, na vida em geral.